sábado, 2 de fevereiro de 2013

Vitória.

Templo da vitória, 1870. Local onde hoje se encontra
a Central do Brasil e o Palácio Duque de Caxias, Rio de Janeiro.

A aliança brasileira com argentinos e uruguaios de fato saiu vitoriosa da chamada Guerra do Paraguai. Debates historiográficos à parte sobre as razões e interesses econômicos que engendraram o conflito, o fato é que internamente a vitória brasileira foi das elites.

Colégio Pedro II e a Igreja de São Joaquim.

Enquanto os filhos da corte e de empresários frequentavam o Colégio Pedro II e se embriagavam com o Champagne da Missão Francesa os chamados “Voluntários da Pátria” eram, além de pequeno efetivo militar, ninguém menos que indivíduos das camadas populares, negros, mestiços e escravos em sua maioria chamados a participar da guerra por uns trocados e promessas de terra no interior do país. 





A participação da população afro descendente na guerra foi inclusive motivo de propaganda racista promovida pelo governo paraguaio que chamava os militares brasileiros de “exército macacuno”; e a frase dita por Solano Lopez ao ser ferido na guerra teria sido: “matem a esos diablos de macacos!”

Colégio Militar do Rio de Janeiro.

O quadro da educação publica brasileira atual é assim concretização dos sonhos do império no século XIX. Alguns indivíduos prestam para a guerra e trabalho, outros, pela sua conta bancária e relações pessoais vão ocupar cargos políticos ou postos na administração publica.



O interesse parece ser manter a população alienada e na ignorância: o ensino fundamental nas escolas publicas é uma farsa, pois alunos chegam ao ensino médio sem saber ler ou escrever, enquanto servidores são perseguidos por denunciar o uso dos recursos da educação publica em proveito do próprio administrador; o ensino médio já não é mais integralmente obrigatório, pois o individuo que termina o primeiro ano e é aprovado no vestibular ou equivalente pode seguir diretamente para a universidade com o aval do MEC; e o ensino superior, como se vê nos jornais, lamentavelmente tem produzido médicos que matam; juízes que roubam; engenheiros que fazem prédios desabar, entre outras tantas bizarrices que os atuais programas de acesso às universidades não enxergam.

Templo de Atena Nice

Publicado originalmente no Facebook, grupo Rio Antigo, em 08/01/2013.

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