sábado, 2 de fevereiro de 2013

Como eram diferentes estes bairros.


Os espaços geográficos naturalmente se transformam por força do tempo, as cidades ainda em razão das forças humanas. No inicio da década de 90 durante as obras do chamado Rabicho da Tijuca do Metrô a parede da sala da minha casa rachou ao meio. Paciência. Ordem nos transportes, ossos do progresso!


Esplanada do Castelo, ao fundo a igreja de Santa Luzia.
A palavra planejamento é corriqueiramente pronunciada por toda sorte de politico para sugerir que seus projetos são legítimos. Para o azar da população e infortúnio do bem publico o que se verifica na história do publico/privado no Brasil não é isso.


Fábrica de Fumos e Rapé de Borel & Cia. – Início do Séc. XX.
Na década de 80 o Metrô do Rio ainda era administrado pelo estado e falava-se na expansão para Zona Sul/Barra pela Tijuca, seguindo a rua Conde de Bonfim e perfurando o Maciço sob as torres do Sumaré pela Rua Uruguai até o Jóckey. As qualidades deste projeto, que remetem à construção do antigo e descartado túnel Tijuca/Gávea, parecem superar o recorte corrente, pois: não causariam tantos transtornos e interdições pelas já movimentadas ruas da Zona Sul; propiciaria um trajeto mais curto para aquele destino mesmo para quem vem da linha 2; a oferta de transporte publico existente na Zona Sul, para todos os lados da cidade, supera muito o da Tijuca, especialmente para se chegar à Barra.


Em 1997, a despeito dos protestos dos Metroviários o Metro foi leiloado na Bolsa de Valores por um valor considerado na época o segundo maior "ágio" na história do país. Daí então o Metro não mais se expandiu pela Tijuca. 


Obras do Metrô na Praça Saens Peña.
Se na história das transformações do Rio tudo é efêmero, permanecem as especulações sobre quem está ganhando dinheiro com empreitadas megalomaníacas que se alteram constantemente e histórias de como eram diferentes estes bairros.


Publicado originalmente no Facebook, grupo Rio Antigo, em 03/012013.

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